Os poetas inquietaram meu sossego!
Roubaram minha fome de nada,
E, por hora, intentam contra aquilo que mais temo:
O medo de perder o medo.
Querem que me lance de paraquedas,
sem paraquedas,
Só pra sentir cócegas no estômago...
Ah, estes poetas!
Vão dormir!
Parem de me falar pelas estrelas,
Parem de querer me enlouquecer.
Que razão há no que eu digo?
Já nem sei porque falo com vocês,
Nem porque os escuto...
Talvez por medo de nunca perder o medo.
Eu pulo muros, subo em árvores,
Piso em brasas, entro na jaula dos leões,
Viajo nos balões de gás.
Mas, amar, meu caro, é coisa demais!
Amar é coisa perigosa.
Só os que tem coragem fazem isso.
E eu sou muito medrosa.
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