João que matou Teresa -
Porque desconfiava de traição -
Foi morto por Raimundo,
Em vingança à morte da irmã.
Confuso e transtornado, aproveitou o embalo,
E numa noite escura e fria,
Raimundo matou Maria
Que perambulava pelas ruas -
Drogada e prostituída -
Largada após a copa do mundo.
Teve seu corpo estirado ao lado do de Joaquim - por acaso -
Preto, pobre e favelado,
Apanhador de carteiras,
Que havia sido torturado até não lhe restar um sopro mais
Por um grupo de "cidadãos da paz".
Para Joaquim e Maria não houve perícia: os corpos ali eram dois gastos a menos das políticas do governo.
O pai de João, procurando por justiça,
Pagou caro à polícia pra fazer perseguição.
Acharam Raimundo no "quinto dos inferno" às 6h da manhã.
Foi tiro! Pow! Grito. Bala achada e bala perdida
Que atingiu, inclusive, Lili que tava indo pra faculdade e queria ser bailarina
E que não tinha entrado na história ainda - só por uma questão de tempo.
Restando apenas o pai de João,
Guardado o seu nome em sigilo,
Para manter a ordem limpa da chacina:
Bandido bom é bandido sem vida.
Aliás, vida é coisa difícil de se promover.
Quem vale viver?
Preferível é estar do lado de quem decide.
- Mais fácil é matar o problema,
Diz a indústria das armas, o discurso da meritocracia e o fazedor de medo, a mídia,
Que alimentam o homem bom:
É mais normal que se faça esta quadrilha de morte,
Ao invés da de Drummond.
Mas se olharmos bem o que já existe, pondera: Não há porque fugir da realidade, nem porque fincar raízes nela.
sábado, 19 de abril de 2014
Quadrilha da morte
quarta-feira, 16 de abril de 2014
V i n t e e n o v e
Te dei 29 beijos.
Mas 29 vezes eu falhei.
Porque nos 29 sorrisos que me deu,
29 vezes eu acordei.
Mas 29 vezes eu falhei.
Porque nos 29 sorrisos que me deu,
29 vezes eu acordei.
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