Algumas reflexões sobre o ofício do poeta - poetisa. Alguma contribuição? Adoro a práxis dialógica. Sou essencialmente construtivista. Então eu pensei: porque não construir poemas coletivos? Vamos testar!
Sob o julgo da pena
Recai o peso de todas as noites
E os amargos dissabores
Ganham ainda mais penar
Sou poeta do desgosto
Que eu não sei silenciar
A palavra rompe, então,
A noite, o peito, a solidão.
Expõe minhas vísceras
E desfaz o que está feito.
Não me deixa faltar o alimento
Do corpo, do espírito e do coração.
Sendo poeta, sou o mais perfeito
(Des)encontro de caminhos em contramão.
Sou armadilha de mim mesmo.
Sou as dores, as palavras e a contradição.
4 comentários:
É impressionante a sua capacidade de dizer muito com tão poucas palavras. Amo sua poesia. É de uma simplicidade fascinante, combinada a uma vivacidade brilhante.
Parabéns, poetisa!
Deus te abençoe,
Mima.
Ow, obriga, Mima! Elogio vindo de vc, que escreve super bem... Deus nos abençoe!
Bjão!
mto bom e envolvente
Quem este é a denominar-se poeta?
Qual objetivo ou meta
que, malmente num verso
impreciso e imperfeito,
a semear palavras a eito,
lavrador quixote de áridas almas?
Sou Poeta da Água Doce
em terras secas sem compaixão.
Hei de irrigar, com amor e emoção,
abrir lavras em chão de cruezas
para que a dúvida areje
os corações de durezas
onde o orgulho rege.
Minha sina é com versos semear
mas que fujam a lembrança,
pois a semente no esquecimento
germina como criança
e minhas palavras sem lamento
ao tocar com sentimento
serão assim esquecidas
esperando um dia germinar.
http://poesias-cronicas.blogspot.com/2011/09/poeta-da-agua-doce.html
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