Mas se olharmos bem o que já existe, pondera: Não há porque fugir da realidade, nem porque fincar raízes nela.
terça-feira, 26 de julho de 2011
A-mar
Tenho pressa de contar nuvens no céu de março
Em pleno azul de dezembro.
Pressa de ser nuvem antes de a chuva cair.
Tenho pressa de cantarolar coisa alguma
De ser o canto das cigarras
Pressa de ouvir o que o silêncio me fala.
Tenho pressa de não me apressar
De não deixar a cama e o lençol
Pressa de dormir e acordar o sol
Tenho pressa de perder de vista o barco navegar.
De navegar mares sem ondas
Pressa de a-mar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário