O anjo protetor do cinema brasileiro existe e ouviu minhas preces! Finalmente uma comédia romântica com ritmo, beleza e criatividade nacionais: o filme de Cláudio Torres com Vagner Moura e Alinne Moraes tem um roteiro muito bem elaborado e um enredo bastante envolvente, cheio do - apesar do - paradoxal, engraçado sem ser apelativo (como as imitações das comédias norte-americanas que temos visto ultimamente no nosso cinema), sutil e reflexivo.
João/Zero (Vagner Moura) é um homem medíocre - amargo, infeliz, que faz as coisas só por fazer; e genial - cientista inventivo que 'sem querer' desenvolve umas das coisas mais sonhadas pela humanidade: a máquina do tempo. Nesta máquina se transporta exatamente para o dia 'divisor de águas' em sua existência - quando foi humilhado em uma festa da faculdade e perdeu a mulher que amava, Helena (Alinne Moraes). Para que no futuro não viesse a se tornar o cara medíocre que era, com valores totalmente distorcidos, Zero resolve 'ajudar' João (seu eu no passado) a não passar pelo sofrimento que o transformara em um 'fracassado' e possa, assim, ficar para sempre com Helena.
Qual não é a surpresa do João quando descobre que seu plano 'perfeito' piorara e muito o 'seu eu' e a vida das pessoas que ele mais amava. É aí que percebe a burrada que fizera - alterando o passado se tornara um homem infinitamente mais medíocre- sem caráter.
Nas idas e vindas para consertar erros passados, os vários Joãos se encontram (aplausos de pé para Vagner que soube mostrar evidentemente os difrentes eus da personagem) e se confrotam para fazer o que é melhor para si. Do filme, as reflexões e as compreensões são de que: primeiro: o que nós somos hoje não é simples consequência do que nos aconteceu no passado, mas da forma como enxergamos os fatos; segundo: a nossa dor não é a mais doída, a mais sofrida do mundo - sofrer faz parte da vida, assim como sacudir a poeira e buscar o melhor para nós - sem mágoas e sem ódio; e terceiro: sabendo que não é possível mudar o passado devemos sair de nosso comodismo e procurar mudar o presente - este sim, é o nosso próprio tempo como disse Renato Russo em Tempo Perdido (Música que costura o enredo do Homem do Futuro), e é neste tempo, o nosso, que podemos e devemos MUDAR O MUNDO!
A música do Renato parece que foi composta para o filme e é o que nos faz viajar e 'comprar' a aventura proposta pelo diretor. A compreensão do Renato é muito além - se pararmos pra pensar.
Mas como nem tudo é perfeito... Bem particularmente, para mim, o filme é 95% - o final distorce a ideologia impregnada na trama todinha... :/ Mas tá valendo!
No mais, só assistindo pra se deliciar com a interpretação, a trilha e as reflexões colocadas no filme. #SuperRecomendo.
7 comentários:
Camila : )
Tô esperando viu...
Você tem que constar lá no blog. Haha
Sempre estarei aqui.
Bela semana pra você Camila.
Abraço. Dan
(por que não consigo ler o seu poema Lágrima? Não aparece aqui... Só aparece nas atualizações do teu blog...)
Beijo!
Mima.
Passa lá no floreseflechas... tem um textinho lá em homenagem a tds q enviaram poemas. =) Espero que gostes.
Beijo!
Olá! Conheci seu blog através do Novos Poetas e já me sinto recompensado por essas duas descobertas. Parabéns!
Abraços
Bruno;)
Pronto, Dan, já estou te seguindo!
Mima, obrigada por tudo, viu?!
Bruno, que bom receber tua visita! Não achei teu blog.. Volte sempre, viu?
Abraço a todos!
Camilaaaaa ebaaaa conseguiu! Rsrs
Obrigado, agora seguimos um ao outro.
Grande abraço e bela semana.
Estou me devendo esse,
mas vou conferir.
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