sábado, 11 de agosto de 2012

Come on


7 e 8 e... Venha, vamos lá!
Aperto o play e me jogo no chão com a Janis.
Pedaços do meu coração por toda parte, blues!
Seguindo assim o som do sangue que jorra
Dos sonhos jogados fora
Dessa que não sabe ser diferente!
Pedaços do meu coração por toda parte, blues!
Não me importa quantas vezes ele será quebrado
[quantas vezes eu puder]
Farei uma canção para dizê-lo
E estarei pronta para quebrá-lo novamente!

Coisa de palavra

Palavra não se reprime.
Palavras são vasilhames de nós
Vogais e consoantes de nós.
Mas quando dizê-la significa
espalha-las ao vento,
penso que é melhor tê-las
como estrelas de um poema.
Porque ser vento no coração
de quem não é capaz de ouvir as estrelas,
não é coisa de palavra

domingo, 5 de agosto de 2012

Pronome singular


Eu quero mais.
Tu és quem mandas.
Ele é quem faz.
Vós dizeis o que desejais.
Eles obedecerão sem questionar.
Que pronome falta conjugar?
Somente o nós.
Não os nós do individualismo
e da opressão,
da falta de consciência
e de mobilização.
Mas, o nós.
Pronome singular.
Porque só quando nós formos por nós
É que ninguém poderá contra nós.
E o povo prevalecerá!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sobre dormir ou viver


Eu não posso dormir.
Não, agora!
Pois a hora de dormir
É quando não mais se chora.
E eu só saio daqui quando for a hora:
Ocupar e resistir!
No máximo descansar o corpo,
Mas a alma, não!
Esta, vigora!
Sonha luta,
Acredita luta,
Respira luta,
Vive a luta!
E me saberei vivo,
Quando estiver sem forças.
E recuperarei as forças,
Se me manter vivo.
Eu não vou dormir agora.