quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Las noches que no volverán



Esta noche no tiene sus ojos
No tiene su pelo, su sonrisa, sus manos ...
Esta noche no tiene el tango y ni la cerveza
Ni los mimos en la cabeza.
En la cama, la soledad.
Esta noche tendrá, si, ganas
De estar a cerca, estar dentro, transmutación:
La piel, el sudor y el desfrute,
De tocar cada parte
De los recuerdos que dejaste en mi cuerpo,
Pidiendo a quedar en mi corazón.

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Esta noite não tem seus olhos
Nem seu cabelo, seu sorriso, suas mãos...
Esta noite não tem tango e cerveja,
Nem mimos na cabeça.
Na cama, a solidão.
Esta noite tem vontade
De estar perto, estar dentro, transmutação:
De pele, suor e gozo,
De te tocar em cada vão
Das lembranças que deixastes em meu corpo,
Pedindo pra ficar em meu coração.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pássaros e amor


Depois de dormir com o medo,
Tive sonhos bonitos.
Então acordei ouvindo barulhinhos esquisitos.
Diz um amigo meu que o amor é feito passarinho.
Vem todo dia de manhã.
Canta, assim, um pouquinho.
Cantando, vai fazendo ninho.
E quando a gente vê, tá esperando o bichinho.
E quando a gente já não vê, tá cantando a mesma canção.
Astucioso é o amor que dribla o medo.
Corajoso é o coração que abriga o amor que chega em segredo.
Não por mérito da cegueira da paixão,
Nem por medo da solidão, ou por ouvir pássaros cantar.
O homem de verdade é aquele que decide e consegue amar.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sobre poetas vagabundos que me falam de amor (Parte I)



Os poetas inquietaram meu sossego!
Roubaram minha fome de nada,
E, por hora, intentam contra aquilo que mais temo:
O medo de perder o medo.
Querem que me lance de paraquedas,
sem paraquedas,
Só pra sentir cócegas no estômago...
Ah, estes poetas!
Vão dormir!
Parem de me falar pelas estrelas,
Parem de querer me enlouquecer.
Que razão há no que eu digo?
Já nem sei porque falo com vocês,
Nem porque os escuto...
Talvez por medo de nunca perder o medo.
Eu pulo muros, subo em árvores,
Piso em brasas, entro na jaula dos leões,
Viajo nos balões de gás.
Mas, amar, meu caro, é coisa demais!
Amar é coisa perigosa.
Só os que tem coragem fazem isso.
E eu sou muito medrosa.