segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fôlego


"Da primeira vez quem sugeriu,
Eu sei, eu sei, fui eu.
Da segunda quem fingiu
Que não estava ali também fui eu.
Mas em toda a história,
É nossa obrigação
Saber seguir em frente,
Seja lá qual direção.
Eu sei.
(...)
E te peço, me perdoa,
Me desculpa que eu não fui sua namorada,
Pois fiquei atordoada de amor
Faltou o ar,
Faltou o ar.
Me despeço dessa história
E concluo: a gente segue a direção
Que o nosso próprio coração mandar,
E foi pra lá, e foi pra lá, e foi pra lá."
(Assinado eu - Tiê)

Neste mundo, parece que somos todos náufragos. Em alto-mar. Desejamos encontrar terra firme. Nos desesperamos de só enxergar água por todos os lados. Para onde ir? Esperar a chuva? Deixar a onda nos levar? Sabe-se lá se vamos encontrar um bote salva-vidas ou um navio pirata... É preciso procurar a direção. E quando avistar terra - ilha ou continente - fazer pausas estratégicas para recuperar o ar. Quantos dias e noites verei sóis e estrelas sem tocar o chão, eu não sei.  Hoje eu peço fôlego. Escolhi nadar.

*Novos eus vão surgindo, novos poemas se construindo, assim, meio que ainda pedindo fôlego pra nascer. E é nadando que vou fortalecendo músculos, cabeça e coração, poemas e decisão. Vamos lá, Macabéa! O mar é grande! :)


4 comentários:

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Essa, é a Macabea! Deliciosa leitura, por estar aí uma formidável escrita.

Um abraço,
da Lúcia

Jean Almeida disse...

isso bom dde se ler.

Maxwell Soares disse...

Que texto maravilhoso. Sou fã de sua escrita. Haja, "Fôlego" para acompanhá-la. Até...

Fred Caju disse...

Como diria o Pessoa: "Sê plural!"

Aproveitando, deixo aqui um vídeo para xs leitorxs do espaço: http://vimeo.com/40411264