sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Flor de lótus





Que a delicadeza não morra em meio
aos prédios, ao tédio desta vida sem freio.
Que ela possa crescer em nosso peito,
posto que tem a força de tocar os corações
que perto, tão perto estão, se olharmos direito.

Sem a delicadeza de uma palavra,
de meia-palavra, daquilo que não é dito,
De que adianta ter vivido, e pela vida não ter passado
Suspirado e morrido?

Que delicado seja o olhar lançado
na mesma medida - compaixão sentida
para dentro e fora de nós.

Que surja da lama profunda
Como a mais bela Flor de lótus.

5 comentários:

Mima disse...

Às vezes, eu choro. Não é consciente sempre, mas é a falta de delicadeza que me dói, eu sei. É a falta das flores, são os prédios e o canto reprimido dos pássaros resistentes. É a pressa, a impaciência, a rapidez. É a corrida, a praticidade, a falta de fé, de Deus.

Obrigada pela delicadeza de seus poemas e de seus comentarios em meu jardim. Muito me comovem.

Um beijinho, Macabea. Senti sua falta na aula sabado.

Aline /B. disse...

Enquanto houver poesia nesta vida
as 'flores de lótus' estarão garantidas... Amém!

E que belas flores estas que você estampou em delicadeza aqui, Macabea!!!

Abraços!

Camila Paula disse...

Obrigada, meninas! Sempre tão graciosas vocês... Que alegria para mim é tê-las aqui.

na vinha do verso disse...

um coração generoso você tem
e uma bela poesia também

Macabea, amém

mari disse...

"Você em sua poesia fez uma sábia colocação sobre a Flor de Lótus.
É a única flor que podemos comparar à nossa vida porque ela dá flor e fruto simultâneamente, é a causa e efeito da nossa vida.(RENGUE)
Beijos a todas!